Resenha renovação e conservadorismo no serviço social
FVG
2007
Introdução
A intenção de ruptura com o Serviço Social tradicional, teve como marco principal a Escola de Serviço Social da Universidade Católica de Minas Gerais, responsável pela formulação do Método Belo Horizonte, mais conhecido como BH. É neste espaço que a perspectiva renovadora da profissão se destacou originalmente no Brasil. Foi, portanto, na década de 1980, segundo, Netto (1996), que se consolidou no plano ídeo-político a ruptura com o histórico conservador do Serviço Social. Entenda-se, contudo, que “[...] essa ruptura não significa que o conservadorismo fora superado no interior da categoria profissional [...]”. Esse movimento propiciou, contudo, posicionamentos ideológicos e políticos que continham uma natureza crítica e/ou contestadora em relação à ordem burguesa, conquistando, assim, legitimidade para se expressarem abertamente. A significação dessa conquista não pode ser negada numa categoria profissional em que a doutrina católica imprimiu, originariamente, uma refinada e duradoura intolerância. Surgiu, então, no interior da categoria profissional, um segmento diretamente vinculado à pesquisa e à produção de conhecimentos, constituindo-se uma intelectualidade no Serviço Social do Brasil. E, nesse mercado, toda produção foi influenciada pela linha marxista, nas suas mais diversas vertentes.
O Método Belo Horizonte,Montado e experimentado pela equipe de Serviço Social da Universidade Católica de Minas Gerais, procura significar uma ruptura com os métodos positivista inspiradores do serviço Social tradicional e propõe uma intervenção profissional com bases epistemológicas na Lógica Dialética.
Adotando uma concepção histórica e crítica a sociedade, o método pretende ser “um conjunto de procedimentos interligados e interdependentes que fundamentados em uma teoria científica de análise da realidade, permitirá orientar as investigações e experimentações profissionais” (UCMG, 1976:115).
Ele se