Religiões Nativas
Religiões nativas são aquelas em geral de pequena escala e confinadas a estirpes, tribos e lugares particulares.
No passado, existiam em toda parte, mas hoje se encontram quase totalmente varridas, ou desnaturadas por missões religiosas como o cristianismo e o islamismo e, mais ainda, pela disseminação das comunicações globais e das empresas multinacionais. As religiões nativas intocadas atualmente só existem em algumas das regiões mais inacessíveis do globo, como, por exemplo, nas profundezas mais longínquas da selva amazônica ou nas hinterlândias de algumas ilhas indonésias.
Espíritos e rituais
A maioria das religiões nativas tem um espírito criador, em geral um deus celeste, e uma série de espíritos da natureza e divindades locais. Quando as pessoas morrem, diz-se que sobrevivem no mundo espiritual. As religiões nativas acreditam que os espíritos afetam suas vidas de muitos modos, causando doenças, tempestades e incêndios ou curando doentes. Os seres humanos entram em contato com o mundo dos espíritos através de sonhos e visões, além de rituais, quase sempre realizados por um xamã ou curandeiro.
Ritos de passagem
Rituais são ações repetidas de modos bem conhecidos. Eles ajudam as pessoas a dar ordem e sentido à vida, porque são previsíveis e têm sido realizados da mesma maneira por muitas gerações. Os rituais ocorrem em todas as regiões e religiões do mundo e podem até ser de natureza secular, como uma comemoração de aniversário ou uma aposentadoria. Os ritos de passagem são rituais que marcam a transição de um estado de vida para outro. Exemplos óbvios são nascer, atingir a maturidade, casar-se e morrer. A maioria dos ritos de passagem se concentra em um estágio de transição, conhecido como "liminar", do latim limen, "entrada, começo", pois é cheio de incerteza. Assim, muitos rituais funerários concentram-se em fazer a pessoa envolver-se com a passagem de um estado em que está entre os vivos para um estado em que estará entre os mortos.