Religião
Mestre em Teologia pelo Union Theological de New York. Pastor presbiteriano, denunciado e ameaçado segue novamente para os EUA onde doutorou-se em Filosofia (Ph.D.) pelo Princeton Theological Seminary. Professor por muitos anos da UNICAMP.
Muitas são as publicações e os trabalhos realizados pelo pensador acima citado. Poderíamos elencar mais de 70 obras, mas não se configura ao objetivo desta resenha crítica. No prólogo da obra, o autor estabelece uma constatação: “existiram tempos em que descrentes não existiam”. O mundo era mágico, vivia-se sob os ditames das crenças e das trevas da eternidade. O desenvolvimento da ciência quebrou o encanto do mundo e assim, as coisas, o homem, passam a ser os artífices da realidade. O céu, paraíso, o éden outrora repletos de significados, agora passam a serem vazios. O sentido das cosias mudara. O mundo passa a ser outro, não mais geocêntrico, mas sim heliocêntrico. Apesar do significado incutido pelos acontecimentos históricos, a religião ainda continua a responder questões cotidianas, existenciais, psicológicas, sociais e humanas. Propõe o autor um questionamento se a religião teria desaparecido. O mesmo responde: de forma alguma. A religião continua a existir como algumas funções vitais do ser humano, jamais desaparecerá. O que ocorreu foi uma inversão das coisas, onde a religião foi destronada e a ciência elevada como religião da modernidade. O mundo encantado, fantástico, mítico da religião ainda perdura, mesmo que na produção e sacrário individual, parcialmente existe. A obra está organizada em sete capítulos, sendo um preâmbulo chamado pelo autor de perspectivas e como aspectos conclusivos algumas indicações para leituras. O autor apresenta em sua abordagem geral e totalitária uma abordagem científica da religião. No entanto, promove uma análise do fenômeno religioso desde as suas fundações, prendendo-se na medievalidade, chegando ao