Religião
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
CURSO DE DIREITO
RESUMO CAPÍTULOS DA OBRA “A CIDADE ANTIGA” DE FUSTEL DE COULANGES
Disciplina de Direito Romano
Professor Claudio Specht
Aluna: Lucimary Leiria Fraga
Santo Ângelo, 2014.
I- A religião como principal elemento construtivo da família antiga:
Ao imaginar o cotidiano das famílias antigas Greco-Romanas, podemos imaginar um altar em cada casa com a família reunida ao seu redor. Pela manhã eram dirigidas ao fogo sagrado as primeiras preces, e a noite o invocavam mais uma vez. Em cada ato religioso os hinos ensinados pelos pais eram cantados e assim iam sendo ensinados geração após geração. Já em campos próximos as casas, situavam-se os túmulos, considerados a segunda morada da família, onde habitavam antepassados que a morte não separou dos seus entes vivos, sendo assim uma família indissolúvel mesmo após a morte.
Segundo a religião de cada família, havia dias para ofertar o chamado banquete fúnebre, composto por leite, vinho, doces, guloseimas e em troca de tais oferendas pediam proteção para a família, os campos, e ainda pediam que os corações sempre fossem virtuosos. Na família antiga, o princípio não estava na geração, pois dentro dela a irmã não possuía os mesmos direitos do irmão e a filha casada deixava de ser parte da família. A estrutura, ou importância da família não se dava pelo afeto natural, este sentimento era despercebido na antiguidade romana e para o direito nada representava. O pai podia amar a filha, mas jamais poderia transmitir a ela seus bens.
Historiadores observaram que existe contradição nas leis de sucessão tanto do nascimento, quanto do afeto natural e acreditam que o poder era paterno ou do marido. Não explicavam como este poder era constituído, mas faziam dele primordial, acredita-se que tal poder foi imposto pela religião, e