Religião em Transição
Departamento de Ciências Sociais
Disciplina de Antropologia da Religião
Professor: Marcelo Natividade
Aluna: Ana Carolline Maciel
Fichamento “Religião em Transição” – Ronaldo de Almeida, da obra Horizontes das Ciências Sociais no Brasil.
Introdução
“Há algumas décadas, a religião parece desempenhar um movimento paradoxal como se estivesse alastrando-se e ao mesmo tempo dissolvendo-se em algumas lógicas.” (p.367).
“Histórica como outras formas sociais, ela é um termo descritor de objetos, instituições, cognições, práticas, experiências, identidades, valores, moralidades, entre outros, cujas propriedades variam no tempo e no espaço.” (p.367).
“Para o autor, a religião durante o século XX ampliou-se de forma subjetivada, cada vez mais restrita ao plano privado, para dimensões identitária e publica.” (p.367).
“Algumas referências ao “reencantamento” ancoram-se na ideia da religião como algo da dimensão do humano, cuja maior expressão é o sentido ontológico de Homo religiosus como formulado pela fenomenologia da Historia das Religiões em O sagrado e o profano: a essência das religiões de Mircea Eliade (1999).” (p.368).
“No balanço dos estudos sobre religião produzida para a coletânea O que ler na ciência social brasileira (1970 – 1995), Paula Monteiro argumenta que os segmentos religiosos são compreendidos a luz de determinadas linhagens teóricas, como se certos padrões interpretativos houvessem se consolidado. O protestantismo, por exemplo, foi lido preferencialmente segundo a matriz weberiana, que vincula valores a comportamentos; as religiões afro-brasileiras, por sua vez, a partir da durkheimiana, com sua ênfase nos ritos e crenças; e a marxista informou a leitura do catolicismo, sobretudo se o enfoque fosse de ordem política.” (p.369).
“A isso por vezes, se junta o uso de dados estatísticos sem o questionamento sobre o que afinal de contas uma pessoa responde quando lhe perguntam: Qual é a sua religião? Do que