moda

Em uma definição simplista, a moda é um consenso, um estilo prevalecente de certo grupo em certo período sobre os modos de se vestir. O “império do Efêmero”, a que Lipovetsky se referiu nos anos 1980, dá-se pelo caráter de superficialidade e de sedução passageira da moda. Para Lipovetsky, é a conjunção da lógica do efêmero com a fantasia estética que caracteriza o dispositivo da moda.
A fantasia estética, segundo o autor, refere-se à moda como sendo frívola, em todos os seus aspectos, “dos objetos industriais à cultura midiática, e da publicidade às ideologias, da informação ao social e aplica-se a uma duração histórica muito curta, a das sociedades democráticas voltadas para a produção, consumo e comunicação de massa” (1989, p.12). No entanto, num olhar um pouco mais apurado, constata-se que a moda ultrapassa o conceito meramente prático e ganha a complexidade pertinente ao comportamento humano.
A origem e evolução do vestuário e a funcionalidade deste para o homem foram moldados durante os tempos pela política, por aspectos sociais, pela praticidade, conforto, religião, erotismo, economia, e outros critérios que também conduziram a história da própria sociedade.
Antes da revolução industrial, o processo de produção de mercadorias era todo artesanal e o consumo era algo reservado unicamente às classes privilegiadas. Até o século XIX, a produção e o consumo ainda tinham, para grande parte da população, a característica de atender somente as necessidades das pessoas.
No século XX, surge o impulso consumidor para o desejo. Após a Segunda Grande Guerra, o consumo “assegurou um papel de equipamento e de acesso ao bem-estar econômico para grandes estratos da população” (SEMPRINI, 2006, p.60).
A partir das décadas de 1970 e 1980, o consumo passou a atuar como uma afirmação do status, identidade e posição social dos indivíduos na sociedade.
Moda é um fenômeno social ou cultural de caráter mais ou menos coercitivo, que consiste na mudança periódica de