Religiosidade
Introdução: O Tópico da religiosidade no Brasil tem recebido atenção renovada com a participação cada vez maior de grupos religiosos, não poucas vezes de orientação fundamentalista, no cenário político e midiático brasileiro. A discussão é normalmente formatada em termos das questões quentes do momento e se mostra como um lugar de formação de estereótipos e visões superficiais, como a repetida afirmação do declínio do catolicismo laico no Brasil e do crescimento desenfreado de um evangelicalismo radical, proselitista e monolítico. Nesta pesquisa iremos informar alguns dados estatísticos, gráficos, informações e outros quesitos que definem a diversidade cultural da religiosidade no Brasil.
Informações, Estatísticas e Dados: Segundo o Censo de 2010, a população brasileira é majoritariamente cristã, sendo sua maior parte católico-romana. Herança da colonização portuguesa, o catolicismo foi a religião oficial do Estado até a Constituição Republicana de 1891, que instituiu o Estado laico. O gráfico a seguir mostra as informações coletadas sobre o Censo de 2010 respectivas às religiões da população brasileira:
Nas últimas décadas, tem havido um grande aumento de igrejas neopentecostais, o que diminuiu o número de membros tanto da Igreja Católica quanto das religiões afro-brasileiras. Um fato importante notado no Censo de 2010 foi que cerca de noventa por cento dos brasileiros declararam algum tipo de afiliação religiosa. Etnocentrismo Religioso e Intolerância Religiosa: O etnocentrismo consiste em julgar, a partir de padrões culturais próprios, como “certo” ou “errado”, “feio” ou “bonito”, “normal” ou “anormal”, os comportamentos e as formas de ver o mundo dos outros povos, desqualificando suas práticas e até negando sua humanidade. Assim, percebemos como o etnocentrismo se relaciona com o conceito de estereótipo, que consiste na generalização e atribuição de valor (na maioria das