Relações Água Planta - Fisiologia Vegetal
RELAÇÕES ÁGUA –PLANTA
De todas as substâncias absorvidas pelas plantas, a água é obviamente a que é necessária em maior quantidade. Ela é também o constituinte vegetal mais abundante, algumas vezes correspondendo a 95% do peso total. Apenas nos tecidos lenhosos e nos órgãos dormentes o conteúdo de água cai abaixo de 80%. Em algumas sementes secas o conteúdo de água pode ser de apenas 5%. As sementes maduras de algumas plantas (Ex: Amaryllis e Crinum sp.) têm alto teor de água (normalmente acima de 70%), o que lhes possibilita germinarem sem suprimento externo de água.
O conteúdo de água de uma planta é bastante variável e muda muito com as flutuações de umidade do solo e do ar. Em muitos casos a transpiração excede a absorção de água durante a maior parte do dia e o teor de água diminui. À noite a situação se inverte. Desse modo, uma planta reabastece durante a noite os tecidos que perderam água durante o dia. Em cactus, como por exemplo em Opuntia, cujos estômatos se fecham durante o dia, ocorre o contrário.
A maior parte da água absorvida por uma planta é perdida pela evaporação das folhas, processo conhecido como transpiração. Calcula-se que 98% da água total que uma planta de milho absorve é perdida por transpiração, em torno de 0,2% utilizada na fotossíntese, e o resto fica retida nos tecidos vegetais.
A disponibilidade de água no ambiente exerce um importante efeito da distribuição geográfica das plantas. As espécies são classificadas em 4 grupos, de acordo com a quantidade de água disponível para elas no ambiente em que vivem:
1) Hidrófitas: crescem total ou parcialmente, submersas na água. São adaptadas a suportar alta salinidade (halófitas). Não há cutícula bem desenvolvida nos órgãos submersos e nem na face inferior das folhas flutuantes. A superfície superior, ao contrário, é fortemente cutinizada, e as folhas emergentes têm estômatos funcionais que controlam a transpiração.
2) Higrófitas: plantas