Evolução
O problema pode manifestar-se a qualquer momento da gravidez entre o quinto mês de gestação e uma semana após o parto, Embora a evolução seja variável, normalmente produz-se primeiro um quadro denominado de pré-eclampsia que, caso tenha uma evolução desfavorável, transforma-se num quadro de eclampsia.
Pré-eclampsia. Este quadro caracteriza-se por três sintomas: hipertensão arterial, edemas generalizados e proteinúria. Embora os casos graves de hipertensão arterial possam originar sinais e sintomas, tais como dores de cabeça, enjoos, alterações na visão e dores abdominais, a hipertensão pode permanecer, muitas vezes, assintomática, o que justifica o facto de apenas ser detectada ao longo de uma consulta regular de vigilância. Apesar de os ede- mas, que correspondem a uma acumulação de líquido nos tecidos, se lo- calizarem ao longo de todo o corpo, evidenciam-se principalmente nas pernas, mãos e face, provocando um brusco aumento de peso devido à retenção de líquido no organismo. A proteinúria designa a perda de proteínas pela urina, costumando igualmente ser detectada nas consultas de vigilância. A detecção do problema costuma obrigar à adopção de uma série de medidas terapêuticas, de modo a travar a sua evolução, muitas vezes com êxito. Todavia, existem casos em que, sobretudo se não se proceder ao seu devido tratamento, a situação agrava-se, os edemas acentuam-se, a hipertensão arterial fica mais elevada, a função renal deteriora-se, o que provo- ca uma alteração metabólica que conduz a um quadro de eclampsia.
Eclampsia. Este quadro caracteriza-se pelo aparecimento de convulsões epilépticas, com violentos espasmos musculares e perda de consciência. As crises podem provocar complicações mortais para o feto, sobretudo devido a um défice na assimilação de oxigénio, que podem igualmente ser perigosas para a mãe, já que podem provocar um quadro de insuficiência respiratória aguda ou proporcionar hemorragias cerebrais que originem sequelas