Relações trabalhistas
Grandes mudanças ocorreram nas relações trabalhistas a partir da década de 90, em especial nas grandes empresas, onde os interesses do conjunto de trabalhadores tornaram-se heterogêneos e percebe-se uma grande segmentação no conjunto de interesses trabalhistas. Podemos destacar o maior interesse no acompanhamento nas metas de produção e vendas, como mecanismo de fiscalização para reivindicação de ganhos salariais, permanência na ocupação e redução da elevada intensificação do trabalho. A forte concorrência intercapitalista e as políticas macroeconômicas provocaram importantes mudanças estruturais, devido à abertura do mercado e estabilização monetária, levando as empresas e governo a adotarem programas de reestruturação, terceirização e nova organização do trabalho, favorecendo a especialização e aumentando a concorrência pelos postos de trabalho, tornando o núcleo mais enxuto e seletivo, com modificações significativas no padrão de emprego, na qual as empresas com menos funcionários é que começou a gerar uma maior quantidade de empregos. No geral, a adoção de políticas neoliberais foi responsável pela baixa expansão das atividades econômicas e pela ampliação da exclusão social, levando os sindicatos a ações de natureza reativa, mas não separados da intenção de construir um novo sistema de relações de trabalho, modernizado e fortalecido democraticamente.
2 NEGOCIAÇÃO NAS RELAÇÕES DE TRABALHO
As divergências de interesses podem gerar conflitos, ou seja, um jogo de forças que operam sobre o sujeito levando-o a soluções de compromissos, que implica em renuncias e perdas, por outro lado, há interesses que são comuns. No trabalho, esses conflitos favorecem a rivalidade entre os colegas, a competição e o individualismo; são vivenciados quando entra em confronto o desejo do trabalhador, expresso nas necessidades, aspirações e interesses e a realidade de um trabalho, geralmente marcada pelo produtivismo, desempenho e