RELAÇÕES INTERNACIONAIS As relações internacionais contemporâneas têm se caracterizado por importantes eventos e processos que têm afetado de forma crescente as relações de poder tanto na cena internacional quanto na vida doméstica dos Estados. O crescente nível de internacionalização das sociedades e das economias nacionais, a transcendência dos processos de integração regional, a liberalização dos mercados consumidores – entre outros importantes processos – despertam atenção crescente tanto entre acadêmicos e estudiosos, quanto das empresas públicas e privadas, das organizações não-governamentais, uma vez que as suas estratégias são mais e mais dependentes de tais processos. Está claro que compreender as dinâmicas internacionais contemporâneas significa entender os fatores que atuam como constrangimentos da vida econômica, política e social do Brasil. Na atualidade, a realidade internacional se faz presente, nos mais diferentes aspectos associados ao trabalho profissional em especial o comportamento dos mercados e as tendências econômicas, sociais e políticas que definem problemas e oportunidades para as sociedades. O estudo de relações internacionais está hoje em evidência devido às profundas transformações que vêm marcando o sistema internacional, em decorrência do fim do conflito bipolar, resultado da aceleração dos fenômenos da trans-nacionalização/globalização e da fragmentação sociocultural. Abrem-se novos campos de estudo, inauguram-se novos projetos de pesquisa e o movimento de importação de teorias e problemas de outras ciências sociais aumenta. Porém, a crise das estruturas de autoridade baseadas no Estado Nação, o questionamento da hegemonia do paradigma realista e a tendência a uma maior interdisciplinaridade geram uma crise de identidade entre os especialistas. Neste artigo, busco explicitar três tendências que considero centrais para o trabalho dos estudiosos do sistema político internacional nos anos 90, e que podem ser observadas na