Relações dos bárbaros durante a queda do império romano
Questão 1
Letra A:
Para Peter Brown (1972, p. 130), os “invasores bárbaros” se mostravam mais interessados em trocar e abandonar seus companheiros se lhes fosse oferecido o “título” e o “luxo” das sociedades romanas. Teodorico, o rei dos Ostrogodos afirmava que: “Um godo esperto deseja parecer-se com um romano; só um pobre romano pode desejar parecer-se com um godo.”. Patrick Geary ( 2008, p.144) também acredita em uma continuidade, pois as sociedades romana e lombarda se fundiram (quando, não se sabe exatamente) no momento em que os lombardos começaram à adotar elementos da cultura romana como o vestuário, tradições, a utilização das cidades romanas como exemplo na criação de cidades, e até mesmo casamentos entre os povos das duas sociedades, o que com o tempo gerou o costume de nomear os filhos com nomes híbridos e/ou nomes lombardos e romanos. Cândido (2012, p. 20) por sua vez, afirma que “por parte” dos reinos godos e burgúndios, não houve intenção de uma continuidade da cultura romana, havendo assim, uma proibição de casamentos mistos, e a recusa de abandonar a sua religião (cristianismo ariano) para a adoção do catolicismo. Nesta mesma época, os Francos, diferentemente dos burgúndios e godos, preferiram ter a sua história totalmente determinada pelo curso da história romana¹. Um dos frutos dessa decisão foi a conversão de Clóvis ao catolicismo, assumindo a sucessão do imperador como o “protetor das igrejas e dos católicos” ².
Letra B:
Para Brown, a matirização da crise da cultura romana nos séculos IV e V se deu no contexto da terceira e grande época da literatura latina, onde há um desenvolvimento muito grande de poemas, vinhetas, a tradução da bíblia diretamente do hebreu, a invenção de um novo estilo poético por Ausónio e Paulino, e Agostinho transmite a luz da filosofia grega. Após a Queda do Império Romano do Ocidente, devido à várias causas, dentre elas, a fraqueza econômica e social do