Relação entre Fé e Razão
Ter fé é crer firmemente em algo, sem ter em mãos nenhuma evidência de que seja verdadeiro ou real o objeto da crença. Este termo vem do Latim fides, fidelidade e do Grego pistia, traduzido por confiança, firme convencimento. Assim, a palavra fé pode ser entendida como acreditar, confiar. A fé não demanda provas materiais, pode surgir sem nenhum motivo aparente, estar ligada a razões ideológicas, emocionais, religiosas, ou a outra razão qualquer. É impossível duvidar e ter fé ao mesmo tempo. A relação da fé com os outros verbos consiste em nutrir um sentimento de afeição, ou até mesmo amor, por uma hipótese a qual se acredita, ou confia, ou aposta ser verdade. Portanto se uma pessoa acredita, confia ou aposta em algo, não significa necessariamente que ela tenha fé.
O versículo 1 do Capitulo de Hebreus cita: “Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não veem.”
Razão é a capacidade da mente humana que permite chegar a conclusões a partir de suposições ou premissas. É, entre outros, um dos meios pelo qual os seres racionais propõem razões ou explicações para causa e efeito. A razão é particularmente associada à natureza humana, ao que é único e definidor do ser humano. A etimologia do termo vem do latim rationem, que significa cálculo, conta, medida, regra, derivado de ratio, particípio passado de reor, ou seja, determino, estabeleço, e, portanto julgo, estimo. É a faculdade do homem de julgar, a faculdade de raciocinar, compreender, ponderar.
A relação entre fé e razão remete aos estudos sobre a origem da filosofia. Alguns autores defendem que a filosofia surgiu de uma limpeza dos aspectos fantásticos da mitologia e então a abordagem desses temas da forma apenas racional. A semente racional já existia numa crença mitológica, então essa relação era defendida por alguns autores. Durante a idade média, com o desenvolvimento da igreja católica e do pensamento religioso pela Europa, a filosofia e a