Relatórios de Avaliação
HOFFMANN, J. In: HOFFMANN, J. Avaliação Mediadora: Uma prática em construção da pré-escola à universidade. 1ª. ed. Porto Alegre: Mediação, v. I, 1993. p. 116-135.
Jussara Hoffmann em seu livro Avaliação Mediadora: Uma prática em construção da pré-escola à universidade, esclarece na parte sobre elaboração de relatórios de avaliação (pág. 117) que quando o professor descobre sobre a incoerência de determinados procedimentos, é possível, sim, desenvolver uma discussão em torno dos registros, e esses registros de acompanhamento dos alunos só podem constituir-se ao longo do processo de avaliação. Por tanto, o papel e o processo da avaliação mediadora corresponde em avaliar = provocar = desafiar = refletir = formular = reformular hipóteses. A autora ai cita que quando elaboramos registros de aprendizagem revelamos, no momento de elaboração dos pareceres, posturas pedagógicas, o nosso saber didático, referenciais teóricos, e estes são a imagem da relação professor/aluno que se dá via processo de construção do conhecimento. Entretanto, nós, professores, fomos acostumados a planejar o futuro (planos que permanecem no papel) e não a refletir, relatar sobre o que aconteceu, os porquês, prováveis encaminhamentos. Assim, surge a ideia de infabilidade docente onde negamos a possibilidade de errarmos, negando implicitamente uma visão dialética de conhecimento que diz que nós não somos um caminho de certezas, mas de verdades provisórias e sumárias e este se dá a partir da dúvida, do questionamento, processo que acompanha a vida do sujeito, educando e educadores. Jussara Hoffmann (1993) esclarece que os registros de avaliação feitos pelo professor exigem exercício dos mesmos. Exercício de prestar atenção nas manifestações dos alunos (orais e escritas), exercício de descrever e refletir teoricamente sobre tais manifestações, de partir para encaminhamentos ao invés de permanecer nas constatações, e através deles observar o que os alunos compreenderam do assunto