Relatório palestra 'O Corpo na Histeria"
No dia 17 de março de 2015, recebemos na capela da Universidade Veiga de Almeida, no campus Tijuca, a professora Sandra Chiabai para ministrar a palestra cujo tema foi “o corpo na histeria”.
O objetivo foi esclarecer o que é a histeria, como foi descoberta e como foi tratada a doença desde Hipócrates até os dias de hoje. A professora começou falando de Hipócrates, o qual falava que histeria era uma doença ligada ao útero, sendo assim, seria uma condição peculiar às mulheres. Seu tratamento consistia em submeter as pacientes a cheirarem substâncias fedidas. A ideia de que movimentos irregulares de sangue do útero para o cérebro causariam os sintomas era cogitada, dessa forma, aconselharam que as mulheres que não tinham o útero movimentado (solteiras, viúvas e mulheres casadas que não praticavam sexo regularmente) o fizessem rapidamente para ficarem curadas. Depois de um tempo, descobriu-se que homens também sofriam histeria, o que levou à discussão: era um problema orgânico ou sexual? A histeria tinha sintomas muito parecidos com epilepsia, e, para descobrir isso, os médicos voltaram a dominar os estudos da doença, que antes estavam nas mãos dos religiosos. Então, os médicos ginecologistas concluíram que era ligada ao útero, enquanto outros médicos acreditavam ser doença cerebral. A partir daí, começaram a questionar o porquê a histeria ser tão corporal. Entretanto, a questão do século era se existia histeria masculina. Então, um médico francês, Charcot montou um laboratório para fazer pesquisas clínicas sobre a patologia com as mulheres, separando histéricas e epiléticas para trata-las. Estudou, também, os homens, e descobriu a histeria traumática, oriunda de um acontecimento (como exemplo, um acidente de trem que era comum com os maquinistas daquele tempo) que “desrecalcava” o que estava recalcado no inconsciente, trazendo a patologia para o corpo. As pesquisas de Charcot feitas no laboratório eram