Relatorio saúde coletiva
O SUS regula e organiza em todo o território nacional as ações e serviços de saúde de forma regionalizada e hierarquizada, em níveis de complexidade crescente, tendo direção única em cada esfera de governo: federal, municipal e estadual. São princípios do SUS o acesso universal público e gratuito às ações e serviços de saúde; a integralidade das ações, num conjunto articulado e contínuo em todos os níveis de complexidade do sistema; a equidade da oferta de serviços, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie; a descentralização político-administrativa, com direção única do sistema em cada esfera de governo; e o controle social das ações, exercido por Conselhos Municipais, Estaduais e Nacional de Saúde, com representação dos usuários, trabalhadores, prestadores de serviços, organizações da sociedade civil e instituições formadoras.
A atenção básica deve ser a porta de entrada preferencial do SUS. Com a posição estratégia no sistema único de saúde (SUS) de garantir a universalidade do acesso e a cobertura universal, cabe a atenção básica a efetivação da integralidade: integração de ações programáticas e demanda espontânea; articulação das ações de promoção a saúde, prevenção de agravos, vigilância a saúde, tratamento e reabilitação; trabalho de forma interdisciplinar e em equipe, e coordenação de cuidado na rede de serviços.
A Organização Mundial de Saúde (OMS), em 1990, publicou o documento “La introducción de un componente de salud mental en la atención primaria”, no qual enfatiza a importância do aspecto emocional na atenção á saúde: “É impossível alcançar saúde se não se cuida das necessidades emocionais” e reforça que as tarefas de saúde mental não são uma nova carga para os serviços de atenção primária, pelo contrario, aumenta a efetividade desta.
No final da década de 1970, concretizou‑se o movimento da Reforma Psiquiátrica Brasileira, que criticava a cronificação do doente mental, suas internações prolongadas e perdas subjetivas