relatorio glicemia e hemoglobina glicada
Hemoglobina glicada se refere a um conjunto de substâncias formado a partir de reações entre a hemoglobina A (HbA) e alguns açúcares. Os componentes glicados da hemoglobina (Hb) são reconhecidos porque alguns deles apresentam diferenças de carga elétrica em pH neutro e A ligação entre a HbA e a glicose é um tipo de glicação não-enzimática, contínua, lenta e irreversível. Entretanto, a primeira fase da reação entre a glicose e a Hb é reversível e origina um composto intermediário denominado pré-A1C. A segunda fase resulta em um composto estável tipo cetoamina, não mais dissociável, agora denominado de HbA1 migram mais rapidamente que a HbA não-glicada em um campo elétrico. (NETTO et al.; 2009)
Durante seus 90 dias de vida, a hemácia vai incorporando glicose, em função da concentração que existe no sangue. Se as taxas de glicose estiverem altas (ou baixas) durante esse período, haverá um aumento (ou diminuição) da hemoglobina glicada. Por isso, ao analisarmos o quanto a hemoglobina incorporou glicose durante o seu tempo de vida, podemos ter uma ótima idéia da média das taxas de glicose no período. (LABIC)
A HbA1 é muito utilizada no acompanhamento de pacientes diabéticos, sendo que, reflete a glicemia média durante os últimos 2 a 3 meses. Os estudos Diabetes Control and Complications Trial (DCCT) e United Kingdom Prospective Diabetes Study (UKPDS) demonstraram associação de níveis de HbA1 acima de 7% com maior risco de complicações micro e macrovasculares. Logo, foi definido 7% como o limite superior para pacientes com diabetes bem controlado, mas a critério médico e na dependência do tipo de paciente (crianças e idosos), o alvo pode ser ajustado em função do grau de risco de eventos de hipoglicemia. (SOARES & COLLARES; 2009) (SUMITA & ANDRIOLO; 2008)
Referências http://www2.ucg.br/cbb/downloads/LABIC/HemoglobinaGlicada.pdf http://www.labdias.com.br/files/65354784.pdf
http://www.scielo.br/pdf/jbpml/v44n3/03.pdf