Relatorio aluno
Maria Alzira da Cruz Colombo*
Quem já tomou um cafezinho na sala dos professores de uma escola, tem algum professor na família ou mesmo um amigo que trabalhe na profissão sabe que são comuns as queixas de enxaqueca, perda de apetite, dor no corpo, insônia e desânimo. Esses são alguns dos sintomas de estresse, mal que acomete um grande número de professores e pode levar a quadros mais graves de depressão e sentimento de culpa.
O estresse em pequenas doses pode ser benéfico, pois serve como estímulo para o trabalho. O problema é quando as atividades diárias deixam de ser agradáveis e o estado de irritação passa a ser constante, levando o organismo (não raro) à exaustão.
Profissionais que lidam com seres humanos tendem a ser mais estressados, segundo especialistas, e isso é pior no caso de professores. Eles enfrentam as pressões das crianças, dos pais, da instituição, de políticos e a própria auto-exigência.
Nos dias de hoje, os pais muitas vezes não conseguem impor limites a seus filhos e acabam delegando à escola a responsabilidade por toda a educação.
O educador tem de se preocupar não só com os aspectos pedagógicos, mas também ser pai, mãe, assistente social. Isso tudo, aliado à preocupação com o sucesso ou fracasso escolar de seus alunos, faz com que o profissional da educação se torne uma verdadeira “panela de pressão” prestes a explodir.
No exercício solitário do magistério (mesmo em um ambiente tão apinhado de gente como uma escola), o educador muitas vezes acaba isolando-se em sua sala de aula, carregando sozinho a responsabilidade pelos resultados.
Pode parecer um absurdo, mas, muitas vezes, os professores de uma escola passam dias sem ter oportunidade de conversarem com calma, trocarem idéias e se ajudarem. Esse é um problema grande dentro da escola que não disponibiliza um tempo para os professores interagirem. Há sempre o sinal de entrada, saída, reuniões para informes administrativos... E o professor vai