Relato Experiências Linguísticas de Variação
TRABALHO:
Quais são as estratégias que você utiliza para transmitir os conceitos trabalhados na disciplina e como relacioná-los com o cotidiano dos seus alunos?
Você teve uma experiência bastante produtiva, que trouxe resultados positivos aos seus alunos?
Este ano estou lecionando Língua Portuguesa para turmas de 6º ano. Alunos que estão na faixa etária que vai de 10 a 13 anos. O conteúdo programático deste curso inclui o seguinte assunto: “fonema e letra”, onde se estuda o som das letras e sua respectiva forma gráfica. Como o livro didático não explora a utilização do inventário consonantal e o inventário dos sons vocálicos, propostos por Câmara Júnior, eu como estudante da área linguística, apresento esses inventários de maneira lúdica e simples.
Bom, a intenção é desmistificar alguns mitos comuns nessa faixa etária. Por exemplo, a questão do preconceito linguístico: rir ou ‘zoar’ dos colegas que vieram de outra região que não a nossa (Norte – Amazonas – Manaus). E outro exemplo, seria a questão que envolve a dicotomia de Seaussurre: “langue e parole” ou “língua e fala”. Nessa idade existe uma dúvida e dificuldades frequentes em diferenciar o som da palavra e sua escrita. Uma vez que eles escrevem como falam.
Então, diante desse quadro apresentado acima, proponho o seguinte trabalho: a produção de uma entrevista com pessoas de outra região, que obviamente possuirão um sotaque, expressões e vocabulário diferente do nosso, da região Norte. Essa entrevista deverá ter duas versões: uma escrita e uma em áudio. A partir desse material, instruo-os a realizar uma transcrição fonética das respostas dadas e gravadas em áudio. Certamente estou aqui falando de uma transcrição simples, onde utilizamos somente os símbolos mais comuns. Nesta atividade, eles entendem de forma prática que a fala é individual e livre o seu desenvolvimento está relacionado com fatores culturais e regionais.
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