relativisando
A Neisseria gonorrhoeae é um diplococo Gram-negativo, não flagelado, não formador de esporos, encapsulado, anaeróbio facultativo, com diâmetro entre 0,6 a 1,06 micrometros (Fig 01) Na bacterioscopia é corada pelo método de Gram, apresenta-se como duas estruturas em forma de rim justapostas, espelhadas pela concavidade e aproximadas pela extremidade, quase sempre agrupadas em massa no espaço extracelular e/ou no citoplasma dos polimorfonucleares abundantes.
O gênero Neisseria apresenta cerca de 10 espécies saprófitas ou patogênicas ao homem, sendo a Neisseria gonorrhoeae, N. meningitidis, N. pharyngis e a N. catarrhalis as mais importantes. A diferenciação das espécies pode ser feita através da oxidação dos açúcares. A N. gonorroheae oxida a glicose mas não a maltose, sacarose ou lactose.
O gonococo não tolera redução da umidade e as amostras devem ser inoculadas imediatamente em meio apropriado. Obtém-se crescimento melhor em temperaturas de 35 a 37oC, e muitas amostras requerem uma certa quantidade de dióxido de carbono ou de bicarbonato. Colônias típicas surgem em 24 a 48 horas, porém sua viabilidade no meio perde-se rapidamente por autólise.
O ágar-chocolate constitui meio de cultura satisfatório quando enriquecido com glicose e outros suplementos. O isolamento do gonococo de sítios que normalmente contêm altas concentrações de microorganismos saprófitas(faringe, reto e cérvix) pode ser difícil, devido ao super-crescimento da flora normal. Esse problema pode ser vencido pelo uso de meios contendo agentes antimicrobianos que inibem as espécies não patogênicas da Neisseria e outras espécies e que permitem o crescimento do gonococo. Utiliza-se o ágar-chocolate contendo vancomicina, colistina e nistatina (meio de Thayer-Martin) com esse propósito. Ao meio de Thayer-Martin modificado adiciona-se trimetoprima para inibir as espécies de Proteus, sendo universalmente empregado no cultivo da N. gonorrohoeae. O material obtido de sítios que não