psicologia

1488 palavras 6 páginas
O presente artigo pretende propor reflexões sobre alguns dos diferentes modelos de autoridade paterna identificados em diferentes épocas até sua representação nos dias de hoje, visando compreender a evolução (ou involução) da autoridade masculina na família, bem como suas implicações na construção da imagem paterna atual.

A autoridade do pai, junto com todo o seu arcabouço simbólico e imaginário, passou por diversas transformações com o passar do tempo. Partindo do “pater famílias” romano, passando pela Revolução Francesa e seus ideais de liberdade, igualdade e fraternidade e até o que chamamos contemporaneidade, o poder atribuído ao pai vem se modificando, dando lugar a um modelo baseado na linearidade relacional, onde o que se destaca é a relação horizontal que se estabelece entre pai e filho.

Um olhar sobre o tema na história da humanidade pode traduzir e evidenciar a drástica mudança entre os modelos de autoridade paterna de ontem e os de hoje, mas tal mudança não se deu repentinamente e esteve, como ainda está, diretamente relacionada à conduta social do sujeito.

Na Roma Antiga a autoridade paterna era exercida em toda a sua plenitude. O “pater famílias” era o mais elevado estatuto familiar de que se tinha conhecimento e indicava sempre uma figura masculina. O termo em Latim significa, literalmente, "pai da família". No direito romano o pai exercia um poder supremo dentro de sua família, poder esse paralelo ao do estado e por este último respeitado. Esse pai, portador de um poder imenso, detinha uma autoridade que transcendia os assuntos terrenos e que derivava da autoridade divina, e por isso não poderia nunca ser questionado. Esse pai teria inclusive o direito de aplicar a pena capital ao filho, caso considerasse ter um motivo. Tal prerrogativa se estendia até mesmo após a maioridade do filho e só seria extinta a partir da morte desse pai. De acordo com Hurstel (1999):

“O homem era considerado em Roma o chefe político, religioso e juiz; era

Relacionados

  • PSICOLOGIA E AS PSICOLOGIAS
    2214 palavras | 9 páginas
  • A PSICOLOGIA E AS PSICOLOGIAS
    1078 palavras | 5 páginas
  • A psicologia ou as psicologias
    1365 palavras | 6 páginas
  • A psicologia e as psicologias
    791 palavras | 4 páginas
  • A Psicologia ou as Psicologias
    1456 palavras | 6 páginas
  • Psicologia e psicologias
    1598 palavras | 7 páginas
  • A PSICOLOGIA OU AS PSICOLOGIAS
    2035 palavras | 9 páginas
  • A psicologia ou as psicologias
    1929 palavras | 8 páginas
  • A psicologia ou as psicologias
    1108 palavras | 5 páginas
  • A psicologia ou as psicologias
    17523 palavras | 71 páginas