REINO AFRICANO DE AXUM
O reino de Axum, onde hoje localiza-se a Etiópia, passou a se desenvolver por volta do século V a.C., tendo um território favorável a agricultura e a criação de animais, pois seus solos eram férteis. Axum, entre os séculos II e III d.C., dominou diversos reinos e cidades da África e cobrava-lhes tributos. Além disso, o império estendeu-se por grande parte do sul da península arábica, até os confins do século VI.
Axum chegará ao fim devido à expansão muçulmana e a pressão de reinos vizinhos. A população do Império foi forçada a se isolar no interior de seu território, causando consequente declínio de sua cultura e comércio, apagando aos poucos os traços desta distinta sociedade. Ainda no século VI, o Império de Axum foi enfraquecendo devido a conflitos e disputas comerciais com outros impérios da época, sobretudo o Bizantino e o Persa.
COMÉRCIO
Compravam e vendiam marfim, algodão, linho, seda, vidro, machados, adagas, vinho, azeite, pedras preciosas e objetos de luxo. No comércio popular circulavam mercadorias como sal, alimentos, cerâmica, tecidos rústicos e utensílios de ferro. Os pagamentos eram feitos com moedas de ouro, prata e bronze.
O desenvolvimento comercial estimulou as viagens pelo oceano Índico, pelo mar Vermelho e pelo mar Mediterrâneo e favoreceu a produção de conhecimentos técnicos sobre navegação. As embarcações eram feitas de pranchas de madeiras presas com cordas e resistiam a longas viagens.
SOCIEDADE
A sociedade subdividia-se em nobres, mercadores, marinheiros, artesãos, soldados e numerosos escravos. Grande parte da riqueza axumita era produzida no comércio, na exploração do trabalho escravo e na criação de gado.
ARQUITETURA
A arquitetura caracterizou-se por amplos palácios, templos, monumentos, mercados, feitos com basalto, granito e mármore finamente trabalhados e esculpidos. Os templos eram erguidos com trabalho coletivo, por meio do qual blocos de pedra pesando centenas de toneladas eram retirados das pedreiras e