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INTRODUÇÃO À TEORIA ANTROPOPLÓGICA DO DIDÁTICO
EMERSON BATISTA GOMES
Universidade do Estado do Pará - UEPA [e-mail] Resumo
Neste trabalho tenho por objetivo discutir os pressupostos axiológicos que regem a Teoria
Antropológica do Didático (TAD). Tomo por ponto de partida uma construção epistemológica da Didática Francesa, iniciando por uma exposição da crítica kantiana à objetividade do conhecimento, passando ao constritivismo proposto pela psicologia genática, que, por sua vez dá suporte à problemática das transformações dos saberes em didática da matemática, em específico na TAD. Assumo esta metodologia por acreditar que seja a mais apropriada para introduzir os elementos fundamentais da teoria e instrumentalizar os professores de matemática, em específico os professores atuantes no ensino básico e professores em formação inicial, em práticas de iniciação à docência em matemática. Estimo, com base em experiências similares, que as repercussões das discussões em grupo expressarão uma aproximação dos professores aos objetos de ensino da matemática e possibilitarão aos participantes dialogarem sobre a constituição ecológica da sala de aula e da profissão docente com base na constituição identitária regida por um processo de socialização, ou pertença a grupo, e formação praxeológica referente ao domínio de conteúdo, elaboração de tarefas apropriadas ao tratamento dos objetos matemáticos e montagem de estratégias de intervenção em sala de aula via identificação de organizações matemáticas e discussão de organizações didáticas de referência.
Palavras-Chave: Formação Docente. TAD. Construção praxeológica.

Subsídios introdutórios à epistemologia em didática da matemática
Devemos à Immanuel Kant (1724-1804) uma primeira crítica à “objetividade” do conhecimento. Em seu trabalho Crítica da razão pura Kant postula a tese de que quando o sujeito cognoscente se apropria do objeto de conhecimento, seja este material ou ideal, o fará a partir de certos pressupostos