Reforma Sanitária Brasileira
O movimento da Reforma Sanitária Brasileira surgiu da indignação de setores da sociedade acerca do precário setor de saúde vigente. Almejava-se, desde seus primórdios, que pudesse servir à democracia e à consolidação da cidadania no País. Ao contrário do que a maioria dos trabalhos acadêmicos e reportagens em mídias trazem a reforma não iniciou exatamente na década de 80, e sim, foi reflexo de anos históricos de precariedade na assistência a saúde.
Desde o inicio do século 20, considerado o século do progresso brasileiro, da engenharia, e da medicina, as epidemias se expandiam em torno do mundo, gerando preocupação a população e incômodo aos políticos.
Nesse momento, o Brasil, também afetado por essa corrente epidêmica, viviam período de inicialização da indústria, com intensa mão de obra, longos turnos de trabalho, nenhum direito a assistência à saúde ou qualquer outro tipo de benefício. Embora os trabalhadores tivessem a preocupação com o adoecimento, ficavam as margens de benzimentos e curas, num modelo Mágico-religiosa.Somente os ricos tinham acesso a serviços de saúde, que em geral não dispunham de muita tecnologia. (BARROS, 2002)
Na década de 80, a realidade social marcada pela exclusão da maior parte dos cidadãos do direito à saúde, que se constituía na assistência prestada pelo Instituto Nacional de Previdência Social, essa restrita aos trabalhadores que para ele contribuíam, prevalecendo a lógica contra prestacional e da cidadania regulada. O atendimento aos pobres era garantido pelos hospitais de caridade da igreja, regidos e cuidados pelas irmãs de caridade.
Mesmo assim, as epidemias ainda eram o centro da atenção, considerado o medo que o governo de que essas manchassem o nome do Brasil, evitando a vinda de imigrantes ao país. Tal fato deveria ser evitando, principalmente num momento em que o intenso