Resenha do artigo: a reforma sanitária brasileira após 20 anos do sus
Após a elaboração da constituição Federal, na área da saúde contava-se com um marco legal que desenhava o organograma institucional do sistema de saúde brasileira, com seus princípios e diretrizes, e que viria a ser construído a partir de então.
Apesar de já existir algumas iniciativas relacionadas a descentralização da saúde, de novas modalidades de repasses de recursos entre federados para o financiamento do sistema, as propostas que compunham o SUS estavam no papel e nas mentes dos sanitaristas, e o desafio estava em colocar em práticas esses princípios numa realidade sócio-economica e institucional diversificada.
Nestes 20 anos observam-se diversos avanços, a respeito da distribuição de infra-estrutura de serviços, de cobertura de acesso, etc. Entretanto esse avanço não foi linear e uniforme, assim como aos referentes à equidade, à integralidade do acesso, à regulação do setor privado saúde, ao financiamento, entre outros. 1. Por que a necessidade de se enfrentar a tarefa de pensar criticamente essa experiência desses 20 de anos de SUS e da reforma sanitária? * Frequência na literatura o termo implementação, quando sabe-se que o SUS proposto há 20 anos não continuar como proposta para os dias de hoje. * Distinguir os dois tipo de reforma: big bag e incremental. Sendo a reforma de 1988 do tipo big bang pois introduziu mudanças significativas no modo de operação do sistema, originando um novo modelo de um sistema nacional de saúde descentralizado. Porém trata-se de reforma no sistema de saúde e pergunta-se se é sinônimo de reforma sanitária tal como proposta há 20 anos.
Essas mudanças trazem consequências para a comunidade voltada para prática teórica e concreta da defesa dos preceitos do SUS: * Dos anos 90 para a atualidade houve um deslocamento das produções acadêmicas e não acadêmicas sobre as grandes questões envolvidas na proposta original da Reforma Sanitária, para estudos