Reforma psiquiatrica brasileira

894 palavras 4 páginas
INTRODUÇÃO
A Política Nacional de Saúde Mental busca consolidar um modelo de atenção à saúde mental aberto e de base comunitária. Isto é, que garante a livre circulação das pessoas com transtornos mentais pelos serviços, comunidade e cidade, e oferece cuidados com base nos recursos que a comunidade oferece, onde esse modelo conta com uma rede de serviços. O processo de Reforma Psiquiátrica brasileira tem uma história própria, inscrita num contexto internacional de mudanças pela superação da violência.

Trabalhar com o tema relacionado a doença mental decorre de nosso interesse de compreender como é a vida cotidiana e sua convivência com a doença ou doente mental e identificar as representações por eles construídas a respeito do fenômeno saúde-doença mental, face às transformações paradigmáticas que estão a orientar este campo da saúde mental. A expressão saúde mental, segundo Sapraceno (1990), é a congregação de noções da “condição desejada de bem-estar dos indivíduos” e das “ações necessárias que passam a determinar essa condição” até bem pouco tempo, a assistência ao doente mental apresentava-se centrada nos hospitais psiquiátricos, locais da prática e do saber médico, cujo modelo de atenção restringia-se à internação e medicalização dos sintomas demonstrados pelo doente mental, excluindo-o dos vínculos, das interações, de tudo o que se configura como elemento e produto de seu conhecimento.
No modelo de atenção atual, a política assistencial vigente preconiza a diminuição da oferta de leitos hospitalares e a criação de serviços substitutivos de atenção à saúde mental deslocando, assim, o seguimento e evolução dos tratamentos para o interstício das dinâmicas familiares mobilizadas pela inclusão dos portadores de transtorno mental, o importante é tentar resolver os problemas apontados dentro da realidade já conquistada, sem que para isso seja preciso voltar ao modelo antigo de tratamento, baseado em internações e procedimentos autoritários.
A história dos

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