SINTESE - REFORMA PSIQUIÁTRICA BRASILEIRA
Autor: Rui Carlos StockingerRui Carlos Stockinger aborda temas a respeito da reforma à saúde mental. O autor nos traz modelos de saúde sob as perspectivas dos principais filósofos, correntes filosóficas e teóricos. Remete-nos a uma “linha do tempo” do surgimento a evolução da pratica psiquiátrica desde a Grécia Antiga, passando pela idade Média,pelo Iluminismo no séc. XVII até a atualidade com a criação de Caps e o modelo multidisciplinar.
Destaca momentos importantes como o do Brasil,1852 que inaugurou o primeiro manicômio do Rio de Janeiro, onde a prerrogativa era de receber aqueles que estavam à margem da sociedade e doentes mentais eram associados a “baderneiros”. Outro ponto de importância foi na década de 1950, na França, que se iniciou a primeira experiência de “psicoterapia ou análise institucional”, que basicamente começou a incentivar as possibilidades de recriação permanente dos modelos de atenção.
Stockinger enfatiza as contribuições de Carl Rogers que tem como referência os conceitos da perspectiva humanista, onde o homem é considerado em sua totalidade. A psicoterapia de Rogers sofreu muitas transformações e preocupava-se em como o indivíduo percebe e cria seu mundo e exibe sua percepção no seu modo de agir.
Em meados de 60 e 70, com a incorporação pela psiquiatria de noções da saúde pública, Fraco Basaglia na Itália inicia o Movimento de Psiquiatria Democrática que elevou a abordagem da doença mental, como sendo um fenômeno complexo que envolve aspectos biológicos, sócias e psíquicos do indivíduo.
De 1980 até os dias de hoje com a denominada Reforma Psiquiátrica Brasileira, o Brasil se aproxima da real implantação de um modelo de saúde mental multidimensional, onde várias ciências começam a discutir os seus papéis nesta construção.
As mudanças realizadas no Brasil possuemcomo marco inicial o Caps Professor Luiz da Rocha Cerqueira, em São Paulo (1987), e o