Reforma gerencial de 1995
Bresser Pereira
No Brasil após a crise dos anos 80 e o crescimento da globalização, percebeu-se a necessidade da redefinição do Estado e da sua burocracia, por meio de uma administração gerencial, dando ênfase à descentralização mediante ao pressuposto da sua maior eficiência.
Como saída a crise inflacionária, iniciou-se a Reforma Gerencial de 1995, que tinha como principal característica um Estado flexível capaz de aperfeiçoar as decisões políticas. Foram implantados: o regime de emprego público eliminando privilégios burocráticos dos servidores e mudanças nas instituições normativas.
A Reforma Gerencial de 1995 tem três dimensões: uma institucional, outra cultural, e uma terceira de gestão. Sua aprovação foi um processo lento e difícil, por não acreditarem que pudessem ter êxito, além da antiga visão burocrática da administração pública.
A reforma parte do pressuposto de que não apenas egoísmo e conflito marcam as ações humanas, mas também cooperação e espírito público. Desta forma delega autoridade aos administradores públicos e os controla através da cobrança de resultados e da auditoria. Ao contrario da Reforma Burocrática, que é baseada em um serviço civil profissional, na dominação racional-legal weberiana e no universalismo de procedimentos, expresso em normas rígidas de processos administrativos.
Portanto, A Reforma Gerencial no Brasil, parte do pressuposto que o regime democrático vem se estabilizando no país, apesar de suas limitações, critica a Reforma Burocrática, pois além de autoritária é ineficiente. Por isso apresenta uma combinação nova entre instrumentos administrativos e políticos, podendo assim alcançar a eficiência