Obesidade- epidemia do seculo xxi
A obesidade é uma doença crônica não transmissível definida como um acúmulo excessivo de energia sob forma de gordura no tecido subcutâneo (adiposo) que compromete a saúde dos indivíduos, e caracteriza-se por ser uma enfermidade de etiologia multifatorial que inclui aspectos ambientais, comportamentais, psicossociais, endócrinos e genéticos. A causa fundamental é um desequilíbrio entre as calorias ingeridas e as calorias utilizadas. Na maioria dos casos, a obesidade se desenvolve sem que uma doença primária seja identificada. É um desvio nutricional importante que está crescendo exponencialmente no Brasil e no mundo. De acordo com os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 1,6 bilhões de pessoas acima dos 15 anos de idade foram classificadas com sobrepeso no ano de 2005, e 400 milhões estavam obesas. As projeções para 2015 são de aproximadamente 2,3bilhões de pessoas acima do peso e mais de 700 milhões obesas.
Existem estimativas de que o Brasil, em 2025, será o quinto país do mundo a ter problemas de obesidade em sua população. Isso indica que uma grande parte dos governantes estão ignorando um dos maiores riscos à saúde, que está afetando a população mundial.
A prevalência mundial da obesidade vem apresentando um rápido aumento nas últimas décadas, sendo caracterizada como uma verdadeira epidemia mundial. Este fato é bastante preocupante, pois a associação da obesidade com alterações metabólicas, como a dislipidemia, a hipertensão e a intolerância à glicose, considerados fatores de risco para o diabetes mellitus tipo II e as doenças cardiovasculares até alguns anos atrás, eram mais evidentes em adultos; no entanto, hoje já podem ser observadas frequentemente na faixa etária mais jovem. Além disso, alguns estudos sugerem que o tempo de duração da obesidade está diretamente associado a morbimortalidade por doenças cardiovasculares.
Esse crescimento exponencial da obesidade nos últimos anos tem gerado um grande investimento dos cofres públicos,