Reflexões sobre o primeiro de maio
O dia do Trabalhador comemorado no Brasil anualmente em 1º de maio foi sinônimo da luta dos trabalhadores
Em 1886, nas ruas de Chicago nos Estados Unidos, milhares de trabalhadores realizaram uma manifestação em busca da reivindicação de direitos trabalhistas como: a redução da jornada de trabalho de 16 para 8 horas diárias. Por este motivo, deu-se inicio a uma greve geral dos trabalhadores que dias depois, em uma luta com policiais, culminou na morte de alguns trabalhadores. Devido a este fato, o Congresso estadunidense concedeu aos trabalhadores a redução diária de trabalho necessária.
Como exemplo de luta, dois anos posteriores a esta data, ocorreram novas manifestações, mas desta vez ao norte da Franca que da mesma forma ocorrida em Chicago, foi dispersada violentamente. Meses decorrentes deste episódio, a Internacional Socialista de Bruxelas proclamou este dia como “O dia Internacional de Reivindicação de Condições Laborais.” Anos depois da luta, em 1919, o senado francês ratificou a redução da jornada de trabalho e proclamou o dia 1º de maio como feriado. Exemplo a ser seguido pela Rússia no ano seguinte.
No Brasil, até a era Vargas, a comemoração era realizada com passeatas que reivindicavam melhores condições de trabalho. Ao longo dos anos, este costume foi se perdendo, dando lugar a distintas formas de “lutas”.
Atualmente, muitos trabalhadores não imaginam a importância histórica desta data, que vai muito além de um simples dia de descanso. Até mesmo a comemoração da criação da Consolidação das Leis de Trabalho (CLT) adquirida durante o governo de Getúlio Vargas (1943) é ignorada. O que é possível notar nesta data, é que a maioria dos movimentos sindicais que teoricamente deveriam informar e alertar o seu afiliado, acabam “desconstituindo” o significado do 1º de maio.
No lugar de debater idéias e lutar por mais direitos a serem adquiridos, há uma pseudo-celebração com uma grandiosa festa popular com presença de políticos,