Reflexão sobre ensino médio e ensino técnico
Na prática, o mercado de trabalho (empresas) deseja um técnico profissionalmente capaz, mas sem se preocupar com seu senso crítico, o que considero uma falha, mesmo por que o senso crítico gera mudanças dentro mesmo dos processos produtivos. No entanto, é possível que em um nível mais elevado de exigência profissional, que o ensino considerado como burguês, dirigido às classes dominantes, e por elas mesmo assim constituído para atingir seus objetivos capitalistas, permita maior grau de exercício da reflexão de diversos temas. Em linhas gerais, creio ser este o panorama abordado e exposto no material para estudo.
Expressando minhas ideias, este panorama que acabo de relatar – sempre lembrando que o fiz segundo meu entendimento, de modo amplo – parece não ter se alterado, em termos de ideais e objetivos, até por que o capitalismo, embora sofra aperfeiçoamentos resultantes dos conflitos sociais inerentes à nossa sociedade, permanece o mesmo em seus princípios, o mesmo ocorrendo com o marxismo. Vejo que, de ambos, resultam variantes do pensamento com análises mais críticas sobre os conceitos políticos.
Assim entendendo a dinâmica social da qual faço parte – neste texto somente como professor de ensino técnico e médio – creio que o papel do professor é ser o quão crítico possível, sem permitir que o ideologismo o guie, oferecendo os recursos necessários, não apenas com relação ao conhecimento técnico, mas também levando os alunos a questionarem o