Reflexão crítica sobre o inconsciente
CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
CURSO DE PSICOLOGIA
REFLEXÃO CRÍTICA SOBRE O INCONSCIENTE
SIMONE TEGANI SELARI
SÃO PAULO
2008
Quando analisamos o percurso da ciência, podemos notar que a mesma surge de especulações, dúvidas e até mesmo contradições quando se busca a explicação de determinados fenômenos. Isso também é notório quando nos deparamos com o percurso dos estudos que levaram as descobertas dos processos mentais inconscientes. No início, porém, dessa busca muitas barreiras se levantam. Os behavioristas, por exemplo, considerando assuntos da consciência como fenômeno secundário, incapaz de determinar o comportamento dos indivíduos. Diante do exposto, podemos entender que, quando nos defrontamos com a grande variedade de fenômenos, esses nos estimulam a uma busca de explicações. Assim, como toda a construção do conhecimento, começamos problematizando os referidos fatos, levantando suposições e partindo assim para a comprovação da causa dos mesmos. Diante do texto proposto, O Inconsciente, de Freud, podemos perceber que esses padrões, da construção do saber, também estão presentes, quando o investigador Freud, ao se deparar ou mesmo ao se relacionar com determinados fenômenos como: lapsos verbais, falhas de memória, ações confusas, começa a ser impelido a buscar explicações, uma vez que esses atos ou expressões podem ser em nível mais profundo e não meramente erros casuais. No decorrer da caminhada, é natural o surgimento de vários caminhos (hipóteses) a serem testados, até emergir dentro desse grande contexto, uma explicação clara e objetiva. Isso se dá pela replicabilidade, onde em uma outra oportunidade se comprove a teoria proposta, surgindo assim conceitos específicos referente ao fenômeno estudado. Como Roza[1] nos diz, mesmo que os verdadeiros conceitos trazem a assinatura do seu autor, esses estão sujeitos a transformações e mutações, a renovações, que caracterizam a