referencial teorico
Percebe-se no contexto histórico a dissolução do feudalismo, como um momento de separação dos laços familiares que garantiam o sistema, por meio do controle dos núcleos de indivíduos atrelados pelo sangue, como também pelos favores e débitos aos senhores de terras aristocráticos. Surge então uma nova estruturação familiar como resultados desse declínio hierárquico, têm-se um grupo familiar que pretendia então direcionar-se para os filhos, no intuito de cuidar, preservar, além da presença do afeto intimo familiar. Tudo isso foi motivado pelo Estado absolutista, em seguida pelo liberalismo burguês que identificaram neste grupo a base relevante para que o poder político fosse então centralizado e equilibrar a emulação da nobreza feudal. Essa nova estruturação de família ganhou o apoio Político para propagar seus mais importantes valores que são: a prioridade da vida doméstica, alicerçada no casamento e na educação recebida pelos herdeiros; a relevância do afeto e a presença solidária em seus membros; percebe-se assim a identidade deste grupo por meio de seu íntimo e do seu estado doméstico de privacidade.
Observa-se que a importância dada à infância como uma faixa etária que se diferencia as demais, tornou-se um suporte para a nova referência doméstica. Especifica-se a criança como alguém que merece atenção individual e particular, considerando sua posição social como uma tipologia de indivíduo, considerando-a o eixo de organização familiar a qual possui a responsabilidade de tornar viável que os filhos possam chegar à vida adulta com saúde. Mediante essas atitudes, houve uma mudança no dia a dia da classe media,tornando-se harmônicas as relações familiares.
A princípio a infância era considerada um momento da vida imóvel e com uma idéia delimitada, mas que depois passa a ter um propósito. Sendo assim no intuito de se expandir a imagem da infância ficaram incumbidas as instituições para a realização dessa finalidade. À escola nesse