Referencial teorico
Honorato diz que se algo deixa de ser um Hábito numa sociedade, prova que, tanto mecanismos de controle social quanto de autocontrole as restrições de fortes emoções espontâneas em público e a aversão pessoal a estas atitudes, estão atuando no processo de novos Comportamentos e relações, assim configurando novos grupos sociais e alterando as relações de Poder no processo. Estas quatro formas são relativas aos indivíduos do grupo social passando a não existir civilização sem indivíduos que configurem grupos. Assim, é relevante a passagem do controle social ao autocontrole.
Ainda de acordo com Honorato, o indivíduo leva para dentro de si, interioriza, as paixões, emoções, regulações e representações produzidas nas relações sociais e em suas atividades mentais, e depois as libera, exterioriza, através de comportamentos, hábitos e relações de poder. Dessa forma há uma ligação entre pensamento e ação no plano individual em função do social que, dirige o individual, e vice-versa, para certo limiar de controle exigido e aceito pelos demais indivíduos em sociedade.
“Há atribuição de representações por parte de indivíduos/grupos para que outros indivíduos se reconheçam ao reconhecimento dos outros, desenvolvendo uma atividade mental denominada economia psíquica. Essa atividade é um importante instrumento de percepção das representações empregadas a uma pessoa porque permite observar e encontrar seus semelhantes.” (HONORATO, 2005 p. 2.)
A interiorização pode ser interpretada de maneira positiva com a aprovação das representações/comportamentos ou então negativa com a condenação das mesmas.
O homem equilibrado é aquele que interioriza os conhecimentos sociais e produz o equilíbrio