Refazendo o final do "O alienista"
A cada dia o alienista descobria novos loucos em Itaguaí, a casa se tornava pequena ao passo que surgiam inúmeras descobertas no campo da ciência da mente. Não tardou para moradores de outras áreas começassem a mostrar interesse pelo enorme monumento de loucos que se tornava a Casa Verde. Com os dias, as pessoas passaram a notar as vantagens do alienista, e passaram a denunciar as patologias de seus rivais. Pouco a pouco a Casa Verde teve que ser ampliada. O alienista pensava nas inúmeras descobertas que estava alcançando. Aos poucos, o alienista começou a constatar que determinadas pessoas estavam sendo curadas, e passou a liberta-las por não possuírem mais patologias para seus estudos científicos. Por essas supostas liberdades de cura a multidão foi se acalmando e voltando ao equilíbrio das faculdades mentais. O alienista estava começando a perceber que seus casos estavam trazendo menos materiais de estudo do que quando havia começado, e vendo a multidão de turistas passar todos os dias pela Casa Verde, ele decidiu ampliar o trabalho, e começar a procurar os loucos das áreas próximas. Não tardou em seus passeios a descobrir novos níveis de loucuras, como o dono de uma fábrica de papais, que cuidava meticulosamente de seus pertences, e que entrava em fúria caso alguém movesse qualquer objeto mais de 1 milímetro do lugar sem sua autorização. Entre tantos presos, em diferentes taxas de loucura, um o intrigou mais, o tal do Sylvio Verath, funcionário de uma padaria, que lavava suas mãos a cada cinco minutos. -E por que o Doutor está me prendendo? – Perguntou o funcionário ao encontrar o D. Bacamarte. -Porque você está louco. – Afirmou friamente. -O que é loucura para o senhor? -O desequilíbrio de todas as faculdades. – -E você é de total equilíbrio? Esta pergunta o deixou inquieto por vários dias, passará tardes e noites a pensar em suas faculdades, a pensar o que o louco queria dizer-lhe. Estava tão