Reestruturação capitalista
O drama do capitalismo ocorreu devido às conseqüências das políticas neoliberais, que se mostraram limitadas quanto à resolução de certas questões sócio-econômicas surgidas do esgotamento do modo de regulação fordista/keynesianista que, em sua crise nos anos de 1970, abriu as portas para a reestruturação do processo produtivo em nível tecnológico e organizacional; em nível das relações de trabalho, bem como das políticas do Estado.
Os trabalhadores foram duramente atingidos, pois seus salários foram reduzidos, estando comprometida a relação salarial fordista. Os excluídos protestavam por todo o planeta. Os ganhos de produtividade caíam. A estratégia de importar equipamentos ia contra os lucros dos países capitalistas desenvolvidos, pois a indústria das nações que adquiriam máquinas com o aprimoramento do parque industrial, também passava a concorrer no mercado.
O liberalismo foi o mecanismo utilizado pela ofensiva do capital, tendo como objetivo a luta contra a inflação através da restrição ao crédito e da desestatização da economia. O objetivo do último era atacar o Estado fordista, visando desmantelar todo o seu quadro institucional. Com efeito, a burguesia internacional programou uma série de respostas – econômicas, na organização técnica da produção e políticas – que atuando ao mesmo tempo, foram voltadas para garantir a sua reprodução na sociedade.
O fenômeno da reestruturação capitalista e a crise dos Estados nacionais influenciaram os debates sobre os rumos dos processos de desenvolvimento no mundo e no Brasil. Foi um momento de fortes transformações e turbulências. Houve grandes interesses sobre estudos locais. O município iria começar a assumir responsabilidades, que antes eram de poderes superiores. A partir de então se intensifica, uma retomada do que se convencionou denominar de Economia Solidária, Economia Social, Economia Popular, Associativismo Econômico e Economia Civil.
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