Reestruturação capitalista
Para os membros da chamada corrente "morenista" do Trotskysmo (referência a Nahuel Moreno, dirigente argentino da IV Internacional), como o PSTU no Brasil e a LIT-QI a restauração do capitalismo se consolidou na URSS e Leste Europeu, durante a década de 1980, em Cuba no início da década de 1990 e na China nos últimos dois anos da década de 1970. Baseam sua análise no abandono dos três pilares "indissociáveis" que definiam estes países no terreno econômico como "de transição ao socialismo" ou "não-capitalistas": A Economia planificada, o monopólio estatal do comércio exterior e propriedade estatizada dos meios de produção.
Os membros da organização liderada por Pierre Lambert e Daniel Gluckstein, a IV Internacional (1993), afirmam que o processo de restauração capitalista não se deu por completo nos antigos Estados Operários, tendo em vista a atualidade da premissa histórica afirmada por Trotsky no Programa de Transição ao Socialismo, documento de fundação da IV Internacional. Segundo Trotsky as forças produtivas pararam de crescer e começam a apodrecer. O conceito de Gluckstein de imperialismo senil desenvolve ainda mais esta ideia, afirmando que a impossibilidade de restauração capitalista no Leste é a prova viva da atualidade do Programa de Transição, pois, segundo Gluckstein, houve apenas a criação de estados dominados por máfias, sem uma burguesia local, isto é, a burocracia stalinista ao invés de tornar-se burguesia se tornou uma camarilha mafiosa, o que implica que não houve total restauração do capitalismo, visto que é óbvio que não há capitalismo sem burguesia.
A partir da década de 80 a classe trabalhadora sentiu um golpe significativo que redesenhou seu perfil. Uma gigantesca implantação de inovações tecnológicas possibilitou às fábricas uma diminuição considerável nos números de seus quadros de operários. Sofreram mais com