Reditualismo escola alemã
«Já se chegou à conclusão que em todas as áreas do
conhecimento humano é importante conhecer o passado para se
saber o real significado do presente e qual a sua dinâmica para o
futuro.»
ob. cit. Rocha (1999: 6)
Conhecer a História da Contabilidade é conhecer a História do Homem e da sua
civilização. As teorias contabilísticas enquadram-se num contexto cultural, social e
económico. São os estímulos externos, os avanços e retrocessos das diversas épocas,
bem como a resposta do Homem face a tais desafios, que podem explicar a
epistemologia1 do desenvolvimento científico da Contabilidade, tendo por base a
necessidade de retratar a conformidade2 do sistema contabilístico em cotejo com a
realidade que se pretende explicar e compreender. Resulta subsequentemente daí o
desenvolvimento das mais diversas Teorias da Contabilidade, de entre as quais emana a
Teoria Reditualista.
O rédito (lucro), como parâmetro de eficiência das empresas, assume uma
importância vital na garantia da sua continuidade e na satisfação de um conjunto de
1
Estudo da origem, estrutura, métodos e validade do conhecimento científico numa determinada disciplina.
2
Em conversa pessoal tida recentemente com o mestre Dr. Hernâni Carqueja tivemos a oportunidade de compartilhar
da ideia que a expressão “de conformidade” deveria substituir a expressão “imagem verdadeira e apropriada”,
usualmente empregue sem nos questionarmos do real conceito que a expressão traduz. Se na realidade “verdade há só
uma” (?) e esta é universal (?), então porquê convencionar-se que se as demonstração financeiras reflectem a
“imagem verdadeira e apropriada” da situação financeira da empresa para os investidores também será essa
informação, de igual modo, “verdadeira e apropriada” para todos os outros “utilizadores de informação”. A expressão
não contempla pois a contingencialidade da informação contabilística, a sua perspectiva utilitarista.