Reditualismo
O reditualismo ou teoria reditualista assume-se como uma teoria contabilística, com essência econômica, pertencente ao período cientifico da Historia da Contabilidade, que ocorre em vários países da Europa no inicio do século XX e cujo principal tratadista foi Gino Zappa.
Zappa exerceu uma forte influência ao desenvolvimento cientifico da Contabilidade, tendo centrado seu estudo, principalmente, no redito. Este fenômeno, para Zappa, representa a base que explica e justifica todos os processos contabilísticos e seus elementos, especialmente, as teorias contabilísticas reditualistas.
Na Alemanha, também surgiram estudiosos de destaque que contribuíram para o desenvolvimento contábil no decorrer do século XX. Leo Gomberg, mesmo sendo russo e tendo vivido na Suíça, foi considerado o precursor da Escola Alemã ou Reditualista. Para Lopes de Sá (1997), os reditualistas consideravam o lucro como objeto de estudo da Contabilidade. Eugen Schmalenbach foi o mentor intelectual dessa doutrina. Dava mais prioridade ao “rédito” do que à estrutura patrimonial, entendendo que o êxito ou não de uma empresa depende dos lucros que ela possa ou não auferir.
Essa corrente de pensamento foi desenvolvida na Alemanha, produzindo efeitos em outros países da Europa. SÁ (1997:92) lembra que:
“Os reditualistas tiveram como princípio admitir que o lucro é o que mais preocupa como objeto de estudo, sendo o fenômeno básico a ser observado, embora com a relatividade necessária.”
O reditualismo não ganhou força como escola, pois diversos apreciadores das doutrinas de Schmalenbach criticavam seu objeto de estudo argumentando que o rédito é o efeito da dinâmica patrimonial e não a causa.
Longo foi o curso do pensamento de intelectuais para conduzir a contabilidade a uma condição superior do conhecimento humano. Hoje, como ciência, rica em doutrinas, segue o saber contábil, valorizado pelos esforços de grandes escolas de pensamento científico.