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Comunicação e Expressão

Texto 1 – Ai que saudades da Amélia
ALVES, Ataulfo; LAGO, Mário. Ai que saudades da Amélia, 1941

Nunca vi fazer tanta exigência
Nem fazer o que você me faz
Você não sabe o que é consciência
Nem vê que eu sou um pobre rapaz

Você só pensa em luxo e riqueza
Tudo o que você vê, você quer
Ai, meu Deus, que saudades da Amélia
Aquilo sim é que era mulher.

Às vezes passava fome ao meu lado
E achava bonito não ter o que comer
E quando me via contrariado
Dizía: “Meu filho, o que se há de fazer!’

Amélia não tinha a menos vaidade
Amélia é que era mulher de verdade

Texto 2 – Emília
VASSOURINHA (LOBO, Haroldo; BATISTA, WILSON). Emília. Rio de janeiro, 1941

Eu quero uma mulher que saiba lavar e cozinhar
Que de manhã cedo, me acorde na hora de trabalhar
Só existe uma e seme la eu não vivo em paz
Emília, Emília, Emília, eu não posso mais

Ninguém sabe igual a ela
Preparar o meu café
Não desfazendo das outras
Emília é mulher
Papai do céu é quem sabe
A falta que ela me faz
Emília, Emília, Emília, eu não posso mais…

ANÁLISE

1- Em 1941, o Brasil foi apresentado a uma mulher “inesquecível”: Amélia, personagem da música de autoria de Mario Lago e Ataulfo Alves. A popularidade desse samba, no carnaval de 1942, foi tão grande que o substantivo Amélia entrou para o dicionário como sinónimo de “mulher amorosa, passiva e serviçal”. Identifique, no texto 1, os trechos que autorizam a construção dessa imagem.

“Às vezes passava fome ao meu lado E achava bonito não ter o que comer E quando me via contrariado Dizia: “Meu filho, o que se há de fazer!”.

- Nesses trechos podemos identificar a mulher passiva e serviçal. Até hoje, quando quer se referir a uma mulher forte, que cuida do lar, dos filhos nos referimos a ela "Amélia". Pois era uma mulher idealizada e resignada os trabalhos domésticos.

Contudo, passava fome ao lado de seu marido