Redes e território
1 – INTRODUÇÃO:
O espaço geográfico é coberto por um denso emaranhado de redes, por meio das quais ocorrem dos mais variados fluxos. O termo redes está em voga, com toda a sorte de significações. Podemos definir redes através de duas grandes matrizes. Existe aquela que apenas considera seu aspecto, a sua realidade material. Assim, teríamos as redes como sendo toda a infra-estrutura que permitisse o transporte de matéria, energia e informação, inscrita sobre um território, caracterizada pelos seus objetos que se encontram na superfície, sejam estes, pontos de acesso ou terminais. No entanto, outra matriz de rede considera que ela é também social e política, pelas pessoas, mensagens, valores que a freqüentam.
Esse caráter social e político da rede é importante porque sem eles, e embora apesar da sua materialidade, a rede constituiria, na verdade, uma mera abstração, haja visto que é a ação humana que a valoriza.
Por outro lado, a rede é composta de nós. Os nós da rede são pontos nos quais uma curva se entrecorta. Podemos falar de nós da rede urbana, dos fluxos financeiros globais, da rede política que governa a União Européia com sues Conselhos Nacionais de Ministros e Comissários.
A relação das redes com o território pode ser analisada sob dois aspectos: genético e atual. No primeiro caso, o estudo das redes é eminentemente evolutivo, porque, para este, as redes se constituem em várias partes, as quais vão sendo instaladas em diferentes momentos e datas. Muitos desses elementos fixados no espaço já nem existem mais, porque o momento técnico não é o de outrora quando ele foi instalado. Ou seja, tudo depende do movimento social que exige mudanças, tanto na forma quanto na técnica.
Por outro lado, o enfoque atual leva em consideração a descrição do que a compõe. Nesta, é feito um estudo estatístico tanto da qualidade quanto da quantidade técnica, objetivando avaliar as relações que os elementos constitutivos da rede mantém com a vida