Redemocratização na AL
INTRODUÇÃO
A história da América Latina foi marcada pela presença de ditaduras, grande parte delas protagonizada por militares. Muitos países experimentaram esse tipo de regime, entre anos de 20 e 30.
O tipo característico de regime ditatorial das últimas décadas do século XX, foi o governo militar baseado na doutrina de segurança nacional, e se concentrou no Cone Sul do continente. Com início no Brasil em 1964, o ciclo de ditaduras militares foi se estendendo pela região, chegou à Bolívia no mesmo ano, à Argentina em 1966 e depois em 1976 e ao Chile e Uruguai em 1973.
É peculiar ao regime a militarização do Estado, tendo as Forças Armadas desempenhando o papel de dirigentes políticos (chefe de Estado) e agentes da repressão. Os militares se mantiveram no poder por meio de repressão violenta contra as forças populares e as instituições democráticas. Para os cargos econômicos e jurídicos, técnicos ligados ao capital privado e ao pensamento conservador eram cotados para ocupar.
Os regimes ganharam força bem no período da Guerra Fria, onde o mundo bipolar estava dividido. Então as ditaduras assumiram alianças estratégicas e programáticas com os EUA para combater o comunismo, se intensificou a repressão contra as forças anticapitalistas, expressões de dissensos sociais (sindicatos, universidades, intelectuais, forças democráticas e liberais). Os ditadores, assim, foram responsáveis pela hegemonia do capital internacionalizado, repressão às reivindicações sociais dos trabalhadores, debilitação dos serviços públicos em favor dos privados, adoção das posições norte-americanas em política externa e imposição de um Estado ditatorial.
As ditaduras militares não foram exatamente iguais umas das outras, a brasileira, iniciada durante o longo ciclo expansivo do capitalismo internacional, beneficiou-se de investimentos e pôde imprimir um novo ciclo expansivo à economia do país, assim, manteve a presença do Estado na economia, mediante