Redemocratizaçao brasileira e educaçao
João Gervásio dos Santos Neto
Mestrando em Educação – CCE (UFPI)
O Brasil esteve imerso em um período, 1964 – 1979, que alguns intelectuais chamaram de regime autoritário: cerceamento de pensamentos, bipartidarismo, exclusão dos direitos políticos e longos etc. Nesse período, os diversos governos militares priorizaram uma política que alavancasse o desenvolvimento-tecnologico de nosso mercado industrial e permitisse um aumento do PIB.
O regime burocrático-autoritario, assim denominado por pesquisadores de renomes, não e somente algo típico do Brasil. Esse tipo de regime, ao longo das décadas de 60 e 70, espalha-se por toda a América Latina: Argentina
(1966), Chile (1973), Uruguai (1974). No Brasil, o governo militar consegue ultrapassar seus pares, no restante da América, pelo fato de estabelecer um crescimento econômico nessas duas décadas.
Esse crescimento imprimira uma nova mudança no comportamento e na representação de vários segmentos sociais. Surgem centenas de associações de moradores, de trabalhadores, assim como de empresários, constituindo uma “teia de organizações que articulam e dão identidade coletiva aos agentes sociais, moldam seus comportamentos e veiculam suas demandas”. Isso ira permitir que o final da década de 70 seja marcado por um processo de redemocratização (anistia política, fim do bipartidarismo, etc), por realizações de grandes congressos e debates políticos em escala nacional: e o momento da “abertura lenta, gradual e segura”. Esse período caracteriza-se pela política de transição, buscando saídas para o regime ditatorial-militar no pais. Jose Álvaro Moises explica esse período de transição entre o velho e o novo, gestado dentro do regime autoritário, com uma teoria que ele denominou de teoria do luso-fusco, ou seja, e um momento em que ainda se faz noite, porem dentro do raiar do dia. Em outras palavras, ainda não tínhamos saído da ditadura, contudo já se processava