Redação
Sarah Menezes vibra ao conseguir pontuar contra Alina Dumitru na final olímpica (Foto: Agência AFP)
Os olhos, pequenos, pareciam fuzilar. Sequer se importava com os cabelos, despenteados, teimando em cair no rosto. Dos treinos com meninos, na infância, ao inédito ouro feminino, precisou de duas Olimpíadas. Sarah, princesa do Piauí, fez o Hino Nacional tocar pela primeira vez em Londres.
- Acredito que essa medalha vai mudar minha vida a partir de agora. Esperava muito chegar nesse pódio olímpico e cheguei com 22 anos. Estou muito contente mesmo - disse Sarah, após descer o degrau mais alto, com o ouro no peito.
Resgatou uma medalha dourada que não vinha havia duas décadas. A cajuína se junta a Aurélio Miguel, ouro em Seul-1988, e Rogério Sampaio, em Barcelona-1992. Os dois estavam ali, na plateia do Complexo Excel de Londres.
Assim como o ministro do Esporte, Aldo Rebello, e o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Jacques Rogge. Mas o que importava para ela era a bandeira do Piauí, na 12ª fila da arquibancada. Quem a seguravam eram Sâmia, aniversariante do dia, e Samira. As irmãs da campeã.
- Ela faz 30 anos. Esse foi o melhor presente que podia dar a ela -