Recrutamento de pessoas
Um estudo exploratório em dez empresas do ramo industrial
Almaisa M. Souza
Faculdade de Educação, Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Já não se trata mais de querermos ou não desenvolver nossos recursos humanos ou se devemos desenvolvê-los [...] É uma questão de sobrevivência para nossa sociedade que os desenvolvamos realmente. James L. Hayes
Introdução A crise dos anos 70 levou as empresas e economias nacionais a intensificarem a busca de novos caminhos para a elevação da produtividade e para o desenvolvimento de novos produtos e mercados. Essa procura realizou-se sobretudo pela exploração de oportunidades oferecidas com o progresso no campo das novas tecnologias. A difusão dos meios de produção da nova base técnica abriu caminho para uma profunda reorganização tecnológica e organizacional em quase todos os setores de atividade econômica. Nesse novo contexto, os produtos têm sido redefinidos para se tornarem “inteligentes”. Segundo literatura sobre o assunto, a impor-
tância da capacitação tecnológica bem como da ação inovadora das firmas são fatores de relevância considerável para suportar a competitividade das empresas. No entanto, a transferência de tecnologia requer aprendizado: “Face à intensificação da competição com base na inovação tecnológica, o conhecimento acumulado pelos trabalhadores é uma fonte crucial de inovações incrementais, que não pode ser subestimada” (Carvalho, 1994).1 A mudança tecnológica (desde as pequenas mudanças até as inovações radicais) é um processo contínuo para absorver e criar conhecimento tecnológico, determinado em parte por inputs externos e em
Entre os inúmeros autores que chamaram a atenção para esse ponto estão Schmitiz (1985 e 1988), Coriat (1990), Kaplinsy (1988), Kern e Schumann (1987) e Schumann (1990), citados por CARVALHO, Ruy de Q. (1994). Capacitação tecnológica, revalorização do Trabalho e Educação. In: FERRETTI, Celso João et al. (orgs.), (1994). Novas