Reconceituação no Brasil
O movimento de reconceituação se iniciou por volta de 1965, era um processo de ruptura com o serviço social norte-americano – vigente no Brasil após a IIª guerra mundial. Foi uma proposta no sentido de adequar o serviço social à problemática dos países latino-americanos, buscando um marco referencial e teórico para a prática do serviço social e elaboração de uma literatura autônoma. Foi marcado por três momentos distintos:
No primeiro momento, a crítica da ligação com os países dominantes, com seu caráter importado da Europa e EUA, foi o momento mobilizado pelo Centro Brasileiro de Cooperação e Intercâmbio de Serviços sociais – CBCISS, promovendo os seminários de Araxá (1967) e Teresópolis (1970). Foi a apresentação do serviço social voltado para a integração social na perspectiva da modernização (neopositivista).
No segundo momento continua o questionamento sem ligação do serviço social com os valores e classes dominantes, foi o período dos novos paradigmas científicos, do ressurgimento dos movimentos sociais e estudantis na política brasileira.
No terceiro momento ocorreu o resgate das teorias marxistas. Com base no pensamento de Gramsci, coloca-se a instituição como o espaço das lutas de classes, procurando-se fortalecer a prática do serviço social aliada aos movimentos populares.
Enfim, o movimento de reconceituação envolveu reelaborações por um grande numero de profissionais na busca de fundamentos, de novos, conhecimentos e teorias baseado em uma concepção de homem e de mundo e na formulação de novas metodologias que pudesse instrumentalizar uma ação coerente com um novo posicionamento.
A importância do Movimento de Reconceituação para o Serviço Social brasileiro é a transformação, a renovação dos conceitos e do agir profissional, que buscava uma formação qualificada, com técnicas precisas, fundamentação teórica e cientificidade para a profissão. Disso tudo resulta na Reforma Curricular e na condução