Recomendações aos médicos que exercem a psicanálise 2
No texto são apresentadas regras técnicas exercidas pela psicanalise, adotadas como adequadas em relação ao tratamento psicanalítico. * Ressalta-se que é preciso lembrar-se de tudo que é dito por cada paciente em sua sessão sem esquecer e nem confundir as historias de vida. Lembrar nomes, datas, sonhos, eventos importantes, etc. O exercício da memória é importante, deve ser adquirido sem o auxílio de anotações, visto que ao anotar, o analista pode perder outros aspectos da análise e pode tornar a terapia desconfortável para alguns pacientes. Tal tarefa pode ser facilitada quando o analista sustenta uma atenção flutuante, o que equivale a não reter sua atenção somente em um aspecto especifico do que foi dito. Deste modo, o analista não se cansa facilmente e consegue captar elementos não verbais emitidos pelo paciente que também devem se submeter a análise. O segredo consiste em ouvir sem se preocupar se o conteúdo está sendo memorizado. * Destaca-se que não é necessário fazer anotações durante as sessões. Os exemplos podem ser anotados quando se termina a sessão. Quanto aos sonhos, pode ser solicitado ao paciente que repita o que relatou para que assim o analista grave. As anotações geram desconforto, podem bloquear certos pacientes além de gerar uma impressão desfavorável o que consequentemente desperta um clima de desconfiança. * Expõe-se que não é adequando tratar cientificamente um caso que esteja em pleno tratamento. O profissional deve escolher entre agir como um psicanalista ou como um pesquisador, pois a técnica exigida por uma opõe-se a outra. Recrimina-se trabalhar um caso cientificamente quando seu andamento terapêutico permanece, isso alteraria os resultados. Um caso trabalhado com sucesso não possui predisposições, lida com surpresas. * Faz-se necessário ao psicanalista ter controle de si e evitar a ambição terapêutica. A ambição terapêutica é a busca incessante pela cura e solução