3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA:De acordo com a engenheira e química Marta Toccheto, existem duas substâncias extremamente perigosas a nossa saúde, mas não são as únicas poluentes, que são o chumbo e o mercúrio. O chumbo é um metal pesado e o mercúrio é um metal acumulativo e mutagênico. Uma outra análise feita por Eduardo Sebben, biólogo e diretor superintendente da empresa Apliquim Brasil Recicla, revela que o custo desse processo de reciclagem é um grande empecilho. Tendo como exemplo uma lâmpada que é vendida por R$4,00 pode ter o custo de descarte, que vai ser o custo do recolhimento e transporte dessas lâmpadas até o centro de reciclagem, de R$1,50 aproximadamente. E não há quem cubra estes gastos, o fornecedor e o fabricante não querem arcar, muito menos o consumidor, que não recebe a devida informação sobre a reciclagem. Essa análise é reforçada também Marta Toccheto, que diz que apesar da Política Nacional de Resíduos Solídos estabelecer a obrigatoriedade da logística reversa para as lâmpadas fluorescentes, entre outros resíduos, não há uma interação funcional entre o fabricante, distribuidor e consumidor. A justificativa é que o fabricante e o distribuidor, que engloba desde a importação do produto até a sua comercialização, se responsabilizam pelo produto até o momento em que é adquirido pelo consumidor. Sendo assim, mesmo que haja uma preocupação por parte do consumidor de fazer o correto descarte da lâmpada, não há uma estrutura eficaz por parte do fabricante e do distribuidor para o recolhimento deste produto e da efetivação da logística reversa.Queremos contribuir para que o descarte irregular da lâmpada fluorescente deixe de ser mais um problema ambiental. Sendo o mercúrio uma das substâncias presentes na fabricação da lâmpada, assim como o chumbo que é um metal pesado, ela contamina o meio ambiente por um processo acumulativo que será realmente perceptível em um determinado espaço de tempo, entre 20 e 30 anos aproximadamente, além de ser mutagênico.