Recalcamento
Curso de Psicologia
Teorias e Sistemas Psicológicos II
O Recalcamento
Patrícia Almeida dos S. Minelli – Matrícula: 2010.02.11595-7
Rio de Janeiro
Novembro / 2011
“Cada movimento de idéias está confinado entre dois pontos fixos: seu estado de completa inibição e seu estado de completa liberdade” e há “um esforço natural e constante por parte de todas as idéias de retornar a seu estado de liberdade total (ausência de inibição)”.
As representações que são tornadas inconscientes não são destruídas nem têm a sua força reduzida, elas permanecem lutando, a nível inconsciente, para se tornarem conscientes. O termo então utilizado para designar a expulsão de uma representação para aquém do local de entrada da consciência é recalcamento.
Foi ao se confrontar com o fenômeno clínico da resistência e ao empreender a superação da teoria do trauma que Freud foi levado a produzir o conceito de recalcamento. Quando Freud abandona a hipnose e solicita aos seus clientes que procurem se lembrar do fato traumático sem o auxílio da hipnose, ele passa a se defrontar com um fato novo que era inteiramente ocultado pelo próprio método que empregava: a resistência por parte do paciente que se manifestava sob a forma de falha de memória ou de incapacidade de falar sobre o tema caso este lhe fosse sugerido. Essa resistência foi interpretada por ele como o sinal externo de uma defesa cuja finalidade era manter fora da consciência a idéia ameaçadora. A defesa nada mais era do que a censura exercida pelo ego sobre a idéia ou conjunto de idéias que despertavam sentimentos de vergonha e de dor.
Apesar de Freud ter empregado durante algum tempo defesa e recalcamento de forma semelhante, o termo recalcamento vai ganhando maior precisão conceitual enquanto defesa passa a ser utilizado de uma forma mais ampla e, portanto, mais vaga.
Freud define o recalcamento como o processo cuja essência consiste no fato de afastar determinada