O inconsciente
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS
DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
LARA STRESSER SCHMITT
MARINGÁ
2011
ALUNA: Lara Stresser Schmitt
R.A.: 45630
DATA: 21/06/2011
Este trabalho se justifica por ser um dos requisitos para aprovação na disciplina “Teoria Psicanalítica I”, do Programa de Pós-Graduação em Psicologia, da Universidade Estadual de Maringá (UEM). A partir da leitura de alguns textos freudianos – principalmente “O inconsciente”, de 1915 – e do primeiro capítulo do livro “O Inconsciente e o Id”, de Jean Laplanche (1992), nos foi proposto criar uma problematização, e apresentá-la por meio de um trabalho. Dito isto, me proponho aqui a problematizar a questão da fundação do inconsciente, sob ótica da Teoria da Sedução Generalizada (TSG), proposta por Laplanche, e em quê esta teoria avança em relação à concepção freudiana. Sabemos que, quando se fala em psicanálise, a noção de inconsciente está implicada e, por isso, o estudo de sua gênese me parece fundamental, se se quer estudar psicanálise. Esta problematização – da fundação do inconsciente para Laplanche, não deixa de se referir também a Freud, e a outros textos laplancheanos, além daquele estudado em sala de aula.
Antes, contudo, é necessário voltar rapidamente ao texto “Referência ao Inconsciente”, primeiro capítulo de “O inconsciente e o Id”, de Laplanche (1992). Aqui, Laplanche (1992) se propõe a reexaminar um artigo que publicou em 1960, com Leclaire, intitulado “A referência ao inconsciente, sua comprovação na prática e na teoria”, na intenção, talvez, de “fazer trabalhar Laplanche.” É importante dizer que neste texto Laplanche (1992) compartilha da idéia de realismo do inconsciente, e a justifica: o que nos leva a manter essa espécie de materialidade escandalosa do inconsciente, materialidade a que Freud se refere sob o nome de Vorstellung, de ´representação´, quando nos fala de representações inconscientes: não se